Tsunami de plástico

‘Tsunami de Plástico’ vem à tona na Praia de São Conrado após fortes chuvas no RJ

Um Tsunami de Plástico tomou conta da Praia de São Conrado no Rio de Janeiro.
Acredita-se que o excesso de plástico tenha ocorrido devido a virada do ano e os primeiros dias do ano que se inicia.

Mas, muito desse lixo veio a tona devido as fortes chuvas que iniciaram o mês de janeiro no estado.
Leia abaixo e entenda mais sobre esse Tsunami de Plástico que aconteceu na Praia de São Conrado.

Tsunami de Plástico em São Conrado

Tsunami de plástico
São Conrado é tomada pelo plástico

A primeira semana de chuva na Praia de São Conrado, no Rio de Janeiro, deixou histórias para contar por um bom tempo.
Afinal, a repercussão do ocorrido aconteceu a nível mundial.

O diretor do Instituto Mar Urbano gravou cenas que seriam compartilhadas posteriormente por lendas do surfe a nível mundial.
Segundo o diretor, era um dia comum onde ele estava gravando e ouviu um forte barulho.

Era uma onda batendo nas pedras, até então normal, mas o que lhe chamou a atenção foi o nível da força em que a água bateu.

Foi então que o diretor do instituto, Ricardo Gomes, notou que era a cena de acúmulo de plástico deixado pelas pessoas que passaram o reveillón na beira mar.

Ricardo ainda disse:

“Pego onda no Rio de Janeiro há 40 anos. Nunca vi a água bater na pedra daquele jeito. Eu virei por causa do barulho. Esse é o chamado do oceano que a gente tem que começar a entender. A gente depende do oceano vivo para sobreviver. Essa onda foi o chamado do oceano. A gente tem que mudar nossos hábitos”, pediu Ricardo, que recomenda a diminuição do uso do plástico no dia a dia.

O lixo acumulado possuía muito plástico, incluindo brinquedos como bolas e bonecas.
Mas uma coisa chamou atenção.

Impacto da Pandemia

Podemos mencionar que a pandemia teve parte nesse ocorrido da Praia de São Conrado.

Acontece que em quarentena, o consumo de plástico por pessoa aumentou substancialmente.
Tudo isso acontece devido ao aumento de consumo de comida delivery, que usa muito plástico em suas embalagens, assim, impactando diretamente no ambiente.

Uma coisa não justifica a outra, estamos jogando lixo e plástico no mar há anos.
Porém, esse número aumentou justamente devido ao tempo em que estamos em casa e ao aumento do consumo de embalagens de plástico.

Segundo Ricardo, a maioria do lixo acumulado na beira da Praia de São Conrado eram de embalagens de delivery ou fast food.

Repercussão a Nível Mundial

Gabriel Medina Em Suas Redes Sociais
Gabriel Medina em suas redes sociais

Mas, e por que essa notícia tomou conhecimento mundial?
Como você deve saber, esse “tsunami de plástico” na Praia de São Conrado tomou proporções incríveis.

Isso aconteceu principalmente por dois motivos.
Os surfistas Kelly Slater e Gabriel Medina compartilharam as imagens em suas redes sociais.

Gabriel Medina ainda escreveu “Tem gente vivendo outro mundo”, como crítica a quem vai a praia e não recolhe seu próprio lixo.

O que foi feito?

Mas, e qual foi a reação do governo estadual e municipal diante a situação que tomou conhecimento a nível mundial?
Infelizmente, sabemos que ações somente foram tomadas por parte do poder público devido a repercussão do ocorrido.

A Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) fez a varredura do local com o trator.
Mas não conseguiu retirar boa parte do lixo que acabou sendo levado pelo mar.

O diretor do Instituto Mar Urbano, Ricardo Gomes, ainda disse sobre a situação:

“A Comlurb entrou com um trator, o que pode ter sido reflexo da divulgação do vídeo. Mas ela é muito eficiente nisso. Só que a gente gera muito lixo. A gente tem que fazer nossa parte, porque não tem Comlurb que dê conta.”

A filha do diretor, Nina, costuma sempre ajudar o pai na limpeza da praia, e posou em uma foto ao lado do lixo acumulado no tsunami de plástico, com uma mensagem pedindo SOS.

Tsunami de plástico
Filha do diretor do Instituto Mar Urbano posa para foto. Créditos na imagem.

O que Deve ser Feito?

Logo após esse episódio de do tsunami de plástico, o que deve ser feito para conter o avanço do lixo no mar?

Ricardo possui uma opinião concisa e acredita que o Estado deve tomar 3 iniciativas:

“A primeira é a criação de uma legislação federal sobre o assunto. A segunda é aumentar oferta de produtos e embalagens sem plástico. E a terceira é a criação de zonas livres de plástico, como em Arraial do Cabo e Fernando de Noronha, onde não pode ter embalagens de plástico. Fica proibido.”

Todos esses lixos acabam gerabndo problemas a vida marinha, que ingere esses plásticos tanto dentro do mar quanto na beira da praia.

Ricardo explica:

“Aves marinhas e outros animais não sabem identificar o que é plástico e o que é alimento de verdade. Elas ingerem o plástico e tem obstrução no trato digestivo. Animal tem falsa sensação de saciedade, mas não está cheio de alimento. Está cheio de plástico. E acabam morrendo por inanição.”

E você, o que acha que deve ser feito para contermos o avanço do plástico e do lixo acumulado no mar?
Ficou alguma dúvida em relação ao conteúdo que trouxemos hoje?

Conte a nós, comente abaixo!

Até a próxima!

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